O nutriente é responsável pela saúde dos ossos e por fortalecer o sistema imunológico.

vitamina-d-idade Necessidade de vitamina D aumenta conforme a idade avança

Com o avançar da idade, o organismo diminui a capacidade de produzir e processar diversas substâncias na quantidade que o corpo precisa, conforme o Ministério da Saúde. Entre elas, a vitamina D, nutriente responsável por fortalecer o sistema imunológico e manter a boa saúde dos ossos.

Informações do Institute of Medicine mostram que pessoas, entre um e 70 anos, devem consumir cerca de 600 UI (unidades internacionais) de vitamina D por dia, enquanto os idosos com mais de 70 anos, cerca de 800 UI. Convertendo para uma unidade de medida mais comum no Brasil, os valores correspondem a 15 microgramas e 20 microgramas, respectivamente.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a vitamina D é responsável por manter as propriedades do cálcio e o funcionamento saudável do organismo, por conta de suas ações no intestino, rim, ossos e glândulas. Ela pode ser encontrada em duas formas: D2 (ergocalciferol) e D3 (colecalciferol).

A vitamina D3 é produzida pelo organismo, principalmente, quando a pele é exposta à luz solar, mas também pode ser obtida por meio de alimentos de origem animal, como peixes, ovos e laticínios. Já a D2 é encontrada em suplementos, alimentos fortificados e em alguns vegetais e fungos.

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Os idosos tendem a desenvolver deficiência de vitamina D por várias razões, segundo o Manual MSD. Um dos fatores é a tendência de redução do tempo que passam ao ar livre, resultando em menor exposição à luz solar. Mesmo quando expostos, a capacidade da pele de sintetizar vitamina D é diminuída com a idade.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) alerta que há casos de deficiência desse nutriente em que o paciente é assintomático. No entanto, a condição pode desencadear sintomas como fadiga, fraqueza muscular e dor crônica.

Qual é a relação entre vitamina D e magnésio?

Por auxiliar na absorção de cálcio pelo organismo, a vitamina D é considerada fundamental para a formação e manutenção de ossos e dentes. Segundo a Fiocruz, a deficiência pode acarretar problemas sérios de saúde, como osteoporose, fraqueza muscular e aumento do risco de quedas ou fraturas.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Raquitismo e Osteomalácia, elaborado pelo Ministério da Saúde, informa que pacientes idosos utilizando 700 a 800 UI/dia de vitamina D2 ou D3 oral, com ou sem suplementação de cálcio, apresentaram redução de 26% no risco de sofrer uma fratura de quadril. Também foi observada diminuição de 23% no risco de fratura não vertebral, quando comparado ao uso de cálcio sozinho ou placebo.

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Em entrevista à imprensa, o geriatra Ricardo Komatsu alerta sobre a importância do magnésio, visto que a sua baixa ingestão diminui a absorção de vitamina D, prejudicando a absorção de cálcio. O mineral é responsável pela conversão da vitamina D em sua forma ativa.

O magnésio pode ser encontrado em diversos alimentos, como sementes e oleaginosas, vegetais e folhas verdes, grãos integrais e peixes. Quando necessário, ele também pode ser suplementado. O benefício do magnésio dimalato vai além da ativação da vitamina D. Ele também pode ser indicado para aumentar a energia e melhorar o desempenho físico.

Atenção ao excesso

Apesar dos inúmeros benefícios da vitamina D, a suplementação deve ser monitorada e orientada por profissionais de saúde para evitar complicações. Como não existe um controle na venda, é comum que as pessoas comecem a tomar vitamina D por conta própria.

Entretanto, a SBEM recomenda que a prescrição seja individualizada e de acordo com as necessidades dos pacientes. A intoxicação eleva os níveis de cálcio no sangue, e os primeiros sintomas são a perda de apetite, náuseas e vômitos, seguidos de fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial.

De acordo com o MSD Manual, quando o nível de cálcio é elevado, ele pode se depositar por todo o organismo, especialmente nos rins, nos vasos sanguíneos, nos pulmões e no coração, causando problemas de saúde como a insuficiência renal.

A recomendação é buscar orientação especializada. Em uma consulta com o médico nutrólogo ou o nutricionista, serão solicitados exames para identificar se há necessidade de suplementar a vitamina D. Caso sim, o profissional irá informar sobre a dosagem e o período necessário de suplementação.

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