Cerca de 16 milhões de brasileiros são diabéticos, e quase 90% dos casos são do tipo 2.
Cerca de 16 milhões de brasileiros convivem com a diabetes, doença crônica causada pela produção insuficiente ou a má absorção da insulina. Do total de casos, quase 90% se referem à diabetes tipo 2, o que corresponde a 14 milhões de pessoas. Conhecer as causas, os fatores de risco, as formas de prevenção e as possibilidades de tratamento são ações necessárias para combater o problema.
A diabetes tipo 2 pode atingir pessoas de diversas idades, mas é mais comum em adultos com histórico da doença na família, que estão acima do peso e são sedentários. Tais condições são apontadas como fatores de risco para o desenvolvimento do problema.
No entanto, muitos brasileiros negligenciam ou desconhecem os fatores de risco. Por isso, as autoridades de saúde alertam sobre a possibilidade de a doença evoluir de forma silenciosa. De acordo com o Ministério da Saúde, há casos em que a pessoa convive com a doença sem saber, e o diagnóstico acontece a partir da evolução do quadro e a manifestação de sintomas.
Após o diagnóstico, o paciente deve ter acompanhamento médico para receber o tratamento adequado e as instruções necessárias para evitar as complicações que a diabetes pode trazer.
Para o tratamento, os médicos aconselham a inclusão de hábitos saudáveis como alimentação balanceada e prática de atividade física regular. De acordo com o caso, também podem orientar sobre os benefícios do Ozempic 1 mg e outras medicações para o controle da doença.
Doenças associadas: por que isso acontece?
Os fatores de risco da diabetes tipo 2 ajudam a explicar sobre as doenças associadas à condição. Estar acima do peso, ser sedentário e não adotar hábitos saudáveis no dia a dia não só aumentam as chances de desenvolver a doença, mas também propiciam outras enfermidades.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), as doenças cardiovasculares estão associadas à diabetes, como é o caso de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimentos de artérias, principalmente, nos membros inferiores. Além disso, a condição também tem relação com a obesidade e a formação de aneurismas.
A SBD explica que, quando a diabetes se instala no corpo humano, potencializa outras condições de risco, como pressão alta e colesterol elevado, que se não tratadas podem causar muitos problemas à saúde.
Os problemas renais, por exemplo, podem acontecer por conta da má regulagem de glicose no sangue. Como a função dos rins é filtrar o sangue, e o excesso de açúcar presente nos vasos sanguíneos aumenta a quantidade de líquido a ser filtrado, há a sobrecarga.
Já os problemas cardiovasculares ocorrem devido à alta da glicemia, que causa a formação de coágulos e placas de gordura nos vasos, aumentando a chance de obstrução das artérias. Como consequência, há a diminuição da oxigenação do coração e de outras regiões do corpo.
Como identificar a diabetes tipo 2?
A diabetes se caracteriza pela dificuldade na produção ou absorção da insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia ao organismo. De acordo com as informações da Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Paraná, a condição pode causar o aumento da glicemia e causar complicações nas artérias, nos rins, nos nervos, nos olhos e, também, no coração.
A forma mais comum de diabetes é a do tipo 2 que, conforme explica o Ministério da Saúde, ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. Inicialmente, ela costuma ser assintomática, e as manifestações acontecem apenas com a evolução do quadro e a possibilidade de complicações tardias.
Entre os sinais mais comuns da doença estão: fome frequente, sede constante, formigamento nos pés e nas mãos, vontade de urinar diversas vezes, infecções, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.
Como tratar a diabetes
A diabetes não tem cura, mas é possível controlá-la para conviver bem com a condição. Com as informações necessárias, acompanhamento médico e disciplina, o paciente pode adotar novos hábitos e iniciar o tratamento adequado para minimizar os riscos de complicações.
Em entrevista à imprensa, o cardiologista e clínico geral Abrão Cury apontou que, além de uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para controlar a glicemia do paciente.
Nesse contexto, podem ser indicados antidiabéticos orais e/ou insulina, dependendo do tipo e gravidade da doença. No caso dos pacientes que recorrem à insulinoterapia, é aconselhável ter em casa um glicosímetro, aparelho que possibilita medir a concentração exata de glicose no sangue, para o monitoramento do quadro.