O acompanhamento do desenvolvimento nos primeiros anos de vida favorece o bem-estar e a vida adulta saudável.
Acesso à água potável, alimentação adequada e aos serviços de saúde de qualidade são alguns dos direitos que toda criança deve ter, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em sua Declaração Universal dos Direitos das Crianças. Os cuidados com a saúde até os 12 anos são considerados essenciais para garantir um bom desenvolvimento e pavimentar o caminho para uma vida adulta plena e saudável.
Entre os anos de 2000 e 2022, o número de mortes de crianças de até cinco anos caiu 51,5%, de acordo com as informações divulgadas pela associação Umane, baseadas em dados do Ministério da Saúde. A vacinação em massa pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos principais fatores para a queda da mortalidade infantil, assim como a expansão do saneamento básico.
Desde a pediatria neonatal, cada fase da infância traz desafios e necessidades que exigem atenção dos pais e responsáveis. A orientação sobre higiene pessoal, o acompanhamento médico regular e o estímulo ao desenvolvimento físico e cognitivo são apontados como pilares para garantir o bem-estar da criança.
Acompanhamento multidisciplinar auxilia o desenvolvimento infantil
Para além da pediatria, outras especialidades podem contribuir para o desenvolvimento saudável das crianças, como nutrição, odontologia, psicologia e fisioterapia. Tratar doenças, monitorar o crescimento e orientar os pais sobre as necessidades específicas de cada fase da criança possibilita a detecção precoce de problemas de saúde, como alertam as autoridades da área.
Entre as subespecialidades da cardiologia, está a pediátrica, que avalia a presença de problemas cardíacos e orienta sobre o tratamento, caso necessário. Determinados diagnósticos são possíveis de serem realizados ainda no útero, como anomalias e malformações, por meio de exames pré-natais.
Após o nascimento do bebê, alguns sinais frequentes podem indicar a necessidade de procurar o atendimento na cardiologia pediátrica, como falta de ar, ausculta de sopro cardíaco, arritmia, desmaios, palidez e evolução insuficiente de peso.
Já a urologia e a ginecologia infantil avaliam aspectos relacionados à saúde urinária e genital das crianças, analisando infecções, possíveis anomalias congênitas, puberdade precoce e desenvolvimento dos aparelhos reprodutores.
Entre os principais alertas acerca de uma possível infecção urinária, comum em todas as idades, inclusive em recém-nascidos, estão a dor ao urinar, a febre e o desconforto abdominal, conforme informações do Ministério da Saúde.
Como prevenir doenças respiratórias em crianças
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% dos brasileiros têm alguma alergia respiratória. As crianças apresentam maior predisposição, e é comum que até mesmo bebês já enfrentem problemas como resfriados, sinusites, pneumonia e rinites, justamente pelo seu sistema imunológico ainda não ser tão bem desenvolvido.
O aumento da poluição atmosférica e as alterações bruscas de temperatura favorecem as manifestações. Por isso, cuidados com a qualidade do ar dentro de casa, como manter a boa circulação e evitar o uso de produtos químicos tóxicos, auxiliam na prevenção das doenças respiratórias.
Estimular a prática de atividades físicas, oferecer uma dieta equilibrada e saudável, ensinar a lavar as mãos regularmente são hábitos que também ajudam na prevenção de doenças e melhoram a capacidade respiratória.
Importância da vacinação
Considerado um dos melhores programas de imunização do mundo, o Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece um esquema completo de imunização para crianças. Entre as principais vacinas recomendadas estão a Tetraviral, Febre Amarela (atenuada), Hepatite B, Poliomielite (VOPb) e Difteria, Tétano e Pertussis (DTP).
Ao produzir anticorpos específicos contra o agente infeccioso, através da imunização ativa, o corpo é preparado para caso seja infectado, prevenindo doenças ou a evolução para a forma grave. O foco na prevenção tem sido um dos principais fatores para a redução da mortalidade infantil. Graças à vacinação desde a primeira infância, doenças como poliomielite, o sarampo e a rubéola foram erradicadas no país.
As vacinas são responsáveis por proteger não só o indivíduo vacinado, mas também garantem um impacto coletivo, pois quanto maior a proporção da população imunizada, menor a disseminação do vírus.