Olhos de cigana oblíqua e dissimulada” é uma expressão poética que se tornou famosa graças ao poema “Camões”, de Olavo Bilac.

Essa frase evoca uma imagem intrigante e enigmática dos olhos de uma cigana, sugerindo uma série de significados e interpretações profundas.

Neste artigo, exploraremos o significado por trás dessa expressão e como ela é interpretada tanto no contexto do poema quanto na cultura popular.

Origens da Expressão

olhos-de-cigana-obliqua-e-dissimulada-o-que-significa Olhos de cigana oblíqua e dissimulada, o que significa?

A expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” tem suas origens no poema “Camões”, escrito por Olavo Bilac e publicado em 1880. No poema, Bilac descreve uma cena na qual o poeta português Luís de Camões encontra uma cigana nas ruas de Lisboa.

Os versos que contêm a famosa expressão descrevem os olhos da cigana como “oblíquos e dissimulados”, criando uma imagem de mistério e sedução.

A origem precisa da expressão além do poema não é clara, mas é possível que Bilac tenha se inspirado em estereótipos populares associados às ciganas na época.

As ciganas eram frequentemente retratadas na literatura e na cultura popular como mulheres misteriosas e sedutoras, dotadas de habilidades sobrenaturais e capazes de lançar feitiços com seus olhares.

Assim, a expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” ganhou popularidade não apenas como uma descrição poética no contexto do poema de Bilac, mas também como um símbolo da aura enigmática e sedutora atribuída às ciganas na imaginação popular.

Essa associação entre os olhos da cigana e a ideia de mistério e sedução continua a ressoar na cultura contemporânea, dando à expressão uma permanência e relevância duradouras.

Significado Literal

Literalmente, a expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” descreve os olhos de uma mulher cigana como sendo oblíquos e dissimulados.

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“Oblíquos” refere-se a olhos que estão ligeiramente inclinados ou voltados para um lado, enquanto “dissimulados” sugere uma expressão facial que esconde ou mascara verdadeiras intenções ou emoções.

Essa descrição evoca uma imagem de olhos que não são diretos ou transparentes, mas sim enigmáticos e intrigantes.

Os olhos oblíquos podem sugerir um olhar lateral, como se a pessoa estivesse observando algo com interesse ou cautela. Já a dissimulação pode indicar uma falta de clareza ou sinceridade nas emoções ou intenções da pessoa.

Portanto, o significado literal da expressão é uma descrição poética dos traços físicos e faciais de uma mulher cigana, transmitindo uma sensação de mistério e ambiguidade em relação aos seus sentimentos e pensamentos.

Significado Poético

No contexto poético, a frase “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” transcende sua interpretação literal e adquire uma conotação mais simbólica e metafórica.

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Ela é frequentemente associada à obra “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, na qual é utilizada para descrever a personagem Carolina, uma cigana que exercia grande fascínio sobre os homens da narrativa.

Nesse sentido, os “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” representam não apenas uma característica física, mas também uma aura de mistério e sedução.

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Eles sugerem uma profundidade de emoção e uma complexidade de sentimentos que podem não ser imediatamente perceptíveis à primeira vista.

Essa ambiguidade e indireção na expressão dos olhos da cigana evocam uma sensação de fascínio e intriga, convidando o observador a explorar mais profundamente o seu significado.

Assim, no contexto poético, a frase torna-se uma poderosa imagem evocativa, transmitindo não apenas uma descrição física, mas também uma gama de emoções e significados mais amplos, que ressoam com o mistério e a beleza da experiência humana.

Interpretações Culturais

A expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” também pode ser interpretada à luz de diferentes contextos culturais.

Historicamente, ciganos têm sido frequentemente associados a um estilo de vida nômade, envolvendo práticas como a leitura de cartas, a dança e a música, além de uma aura de mistério e superstição.

Nesse contexto, os “olhos de cigana” podem evocar imagens de sabedoria ancestral, intuição aguçada e uma conexão com o oculto e o desconhecido.

A descrição “oblíqua e dissimulada” sugere uma perspicácia e astúcia que são valorizadas em algumas culturas ciganas, onde a habilidade de ler os outros e de se adaptar a diferentes situações é vista como uma qualidade importante para a sobrevivência.

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Além disso, a imagem dos “olhos de cigana” também pode ser associada a estereótipos e preconceitos que cercam a comunidade cigana, muitas vezes retratada de maneira negativa na literatura e na mídia.

Assim, a expressão pode evocar não apenas uma sensação de mistério e encanto, mas também uma carga de preconceito e estigma que permeia a percepção popular sobre os ciganos e sua cultura.

Em resumo, a expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” é uma descrição poética que evoca uma imagem intrigante e enigmática.

Tanto no contexto do poema de Olavo Bilac quanto na cultura popular, essa expressão representa a ideia de um olhar sedutor e misterioso, capaz de ocultar segredos e revelar emoções profundas.

É um exemplo vívido da riqueza da linguagem poética e de como as palavras podem evocar imagens poderosas e significativas.